Thursday, January 5, 2012

Sacidevi / Gangamata Goswamini

Estou compartilhando esta história hoje (tirade de http://www.stephen-knapp.com/women_in_vedic_culture.htm) porque é uma história e um exemplo muito legal de uma devote que estava dando ótimas aulas e também dando iniciações como uma mestra espiritual genuína na Índia. Ela era discípula de Haridas Pandit, viveu na casa de Sarvabhauma e era a gurui de vários Pandits do templo de Jagannath Puri e também deu iniciação ao rei de Puri. Esta é a nossa tradição e, para aquele que estão na ISKCON assim como eu, devo dizer está é a tradição que Srila Prabhupada trouxe para nós. O atual disparate que as mulheres não dão aulas (ou, se dão, só podem fazê-lo nos programas em casa) ou que elas não dão iniciação, bem como a desculpa que a na Índia tem que ser assim por causa da cultura indiana, não é verdade. Nós podemos ver que mesmo em um lugar como a Bengal e mesmo há tanto tempo atrás, estas coisas aconteciam. Não devemos ser desencaminhados por pessoas sem a devida educação que estão sob a influência do preconceito vindo de outras religiões ou que são escravas de suas próprias invenções mentais. Espero que gostem da história desta grande devota.
Sri Gangamata Goswamini nasceu como Saci, a filha princesa do Rei Naresh Narayana, no atual estado da Bengal. Ela era uma grande devota de Deus desde a mais tenra infância. Conforme ela cresceu e começou a ser educada, ela passou a estudar gramática e poesia, mas logo passou a usar todo seu tempo estudando as escrituras védicas. Todos os garotos se sentiam atraídos por ela e seu pai começou a pensar em arranjar seu casamento. Mas ela não estava nem minimamente atraída por nenhum jovem. Ela estava sempre repleta de pensamentos sobre Madana Gopala, Krishna.
Gradualmente, o rei e a rainha envelheceram e deixaram este mundo, deixando a responsabilidade de governar o reino para Saci. Ela as aceitou, mas depois fez arranjos para deixar com que outros parentes governassem em seu lugar enquanto ela viajava a lugares sagrados com o pretexto de viajar pelo reino. Após tanta viagem ela ainda não estava satisfeita e queria achar um mestre espiritual. Então ela foi para Jagannatha Puri e, enquanto estava tendo um darshan das Deidades, ela foi inspirada por uma mensagem interior para ir para Vrindavana.
Após chegar em Vrindavana, ela se encontrou com Haridas Pandit, que era exclusivamente devotado ao Senhor Gauranga e Nityananda. Saci ficou cheia de êxtase e, após meditar por vários dias, Haridas Pandit lhe deu abrigo, ao que ela orou a ele com olhos cheios de lágrimas implorando por sua misericórdia e avanço espiritual. Haridas a desencorajou sobre ficar em Vrindavana, dizendo a ela que não era possível para uma princesa permancer absorta em bhajan com pouco para comer e sem confortos. Mas ela ficou e, gradualmente, abandonou suas boas vestimentas e ornamentos opulentos. Notando sua determinação, Haridas a instruiu com suas bênçãos de que ela poderia vagar por Vrajamandala e mendigar de lugar em lugar como uma devota renunciada. Tendo aceitado Haridas como seu guru, ela se encheu de alegria. Assim, livre do falso ego e vestida em trapos, ela foi pedindo esmolas e exibiu sua intensa renúncia, o quê deixou todos os devotos boquiabertos.
Seu corpo emagraceu e ficou exausto. Ela dormia nas margens do Yamuna e se levantava para varrer o templo do Senhor, ter o darshan e ouvir as aulas do Bhagavatam. Haridasa ficou muito feliz vendo determinação de Saci e prometeu lhe dar iniciação no mantra. Haridasa Pandit tinha uma outra discípula chamada Lakshmipriya que, naquela época, havia chegado em Vrindavana. Ela costumava cantar 300.000 nomes de Krishna diariamente. Haridasa a enviou para viver perto de Saci nas margens do Radhakunda. Todos os dias, Lakshmipriya e Saci circum-ambulavam a Colina de Govardhana. Assim elas prosseguiram em seu serviço devocional ao Senhor com grande determinação. Então, um dia, Haridasa Pandit instruiu Saci a voltar para Jagannatha Puri para continuar seu bhajan lá e pregar o quê ela havia aprendido sobre os ensimanentos de Sri Caitanya. No entanto, a maioria dos associados de Sri Caitanya á haviam deixado o planeta.
Sri Sacidevi voltou a Jagannatha Puri e ficou na casa de Sarvabhauma, onde se ocupou em bhajan e deu aulas do Srimad-Bhagavatam. Ela também estabeleceu adoração de primeira classe a Damodara Salagram naquela casa, que estava desmoronando e que tinha sido visitada por poucas pessoas. No entanto, suas aulas ficaram famosas e várias pessoas começaram a comparecer para ouvir aos seus discursos. Um dia, até o rei de Puri, Mukunda Dev, veio para ouvir sua aula do Bhagavatam e ficou impressionado. Ele queria fazer uma boa oferenda para ela como uma apreciação por sua adoração ao Senhor Krishna e naquela noite ele teve um sonho marvilhoso no qual o Senhor Jagannatha apareceu para ele e disse para ele oferecer a ela um lugar nas margens do Sveta (branco) Ganges.
No dia seguinte, o rei foi fazer a oferenda à Sacidevi, mas ela não se sentia inclinada a aceitar nenhuma riqueza ou confortos e quis recusar. O rei insistiu e, não querendo violar a ordem do Senhor Jagannatha, ele baixou um decreto dedicando um ghat sagrado ao lado do Ganges Branco à Sacidevi. O decreto dizia que ela era uma princesa que desistiu para vir para Puri e pregar os ensinamentos do Senhor Chaitanya.
Um dia Sacidevi queria ir ao Ganges se banhar, mas se lembrou da ordem de seu mestre spiritual de nunca deixar Jagannatha Puri. Naquela noite ela teve um sonho no qual o Senhor Jagannatha apareceu para ela e lhe disse para não se preocupar que o dia do banho de Varuni estava se aproximando e então ela deveria ir se banhar no Ganges Branco. Gangadevi estivera orando pela associação de Sacidevi, então, ela deveria ir.
Sachidevi estava extremamente feliz, tendo tido esta visão divina. O dia do Varuni-snana chegou e, no meio da noite, Sacidevi foi ao Ganges Branco para se banhar, mas a correnteza de Gangadevi transbordou o lago e a carregou para Jagannatha Mandira. Vendo isto, milhares de devotos ficaram em êxtase e também tomaram seu banho sagrado no Ganges.
No meio da comoção, os guardas do templo de Jagannatha acordaram e ficaram sem fala ao ver tudo o quê havia acontecido. Ouvindo o barulho, eles entraram no templo. O rei também acordou e ordenou que os portões do templo fossem abertos. Quando as portas se abriram, Sacidevi estava em pé lá, sozinha, dentro do templo. Os servos e sacerdotes concluíram que ela devia ser uma ladra querendo roubar os valiosos ornamentos de Jagannatha. Então, Sacidevi foi levada para a prisão onde foi trancada para ser julgada por roubo. Sacidevi ficou indiferente e permaneceu absorta em cantar os santos nomes do Senhor.
Mais tarde, naquela noite, o Senhor Jagannatha apareceu para Mukunda Dev em um sonho e exigiu que soltasse Sacidevi. O Senhor explicou que foi devido ao Seu arranjo pessoal para lavar os pés sagrados de Sacidevi que Ele havia feito com que Ganga trouxesse Sacidevi para Seu templo. Se o rei quisesse que sua vida fosse auspiciosa, então era melhor que ele fizesse com que todos os pandas e sacerdotes se curvassem aos pés dela e pedissem perdão e o rei deveria ser iniciado por ela. No dia seguinte o rei fez como ela havia dito, se certificando que todos prestassem reverências para ela enquanto pedia perdão pelas ofensas cometidas aos pés da devota. Ele implorou para que ela o aceitasse como discípulo e lhe desse iniciação.
Sacidevi ficou muito feliz, entendendo que tudo isto se devia ao arranjo do Senhor. Colocando sua mão sobre a cabeça do rei, ela o abençoou e logo lhe deu iniciação no mantra Radha-Krishna de dezoito sílabas. Vários dos sacerdotes também se abrigaram nela naquele dia. E foi a partir daquele dia Sacidevi se tornou conhecida como Gangamata Goswamini.
One day a strict smarta-brahmana, Mahidhara Swami, came to the banks of the Sveta-Ganga and wanted to have darshan of her holy feet. He had come to offer worship for his ancestors and while in discussion with Sri Gangamata Goswamini, she instructed the Srimad-Bhagavatam to him. The brahmana was astonished by her explanations and asked to take shelter of her. On an auspicious day she initiated him into the Radha-Krishna mantra of ten syllables. On the order of Sri Gangamata Goswamini, he preached the message of nama-prema, ecstasy of the holy name, and the teachings of Lord Chaitanya throughout Bengal.

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