Monday, December 13, 2010

mais do Ramayana

No Ramayana, procurando por Sita, Hanuman e seu exército estavam passando por um deserto e desmaiando de fome e sede. Eles viram uma caverna da qual saía uma variedade de pássaros cheios de vida. A brisa gentil que vinha dela os cobriu com o pólen das flores de lótus e os encheu com a fragrância. O exército concluiu que havia água de onde os pássaros vinham. Formando uma corrente, de mãos dadas, eles adentraram cautelosamente na densa escuridão da caverna, com os corações cheios de esperança, embora muito desidratados pela sede, até mesmo para gritar. Depois de um longo tempo e, de repente, a luz apareceu e eles viram um belo bosque com riachos de águas límpidas e árvores se dobrando pelo peso de suas frutas. Então eles chegaram em uma cidade com ruas pavimentadas com jóias em ouro e belos palácios, como em um sonho. Eles prosseguiram e viram uma velha tapasvini coberta por cascas e pele de antílope negra. Aquela asceta, dada a jejuns, brilhava com uma grande refulgência. Eles tremeram diante da esplendor divino de sua face.(Rajagopalachari, pp. 191-193) Sabemos que ela é Svayamprabha, a filha de Merusavarni, e ela guarda residência de sua amiga querida, Hema, que é habilidosa nas artes de dançar e cantar. O palácio e o chão do lugar foram construídos por Maya, o arquiteto dos Danavas. Trata-se de uma caverna da qual ninguém pode sair, uma vez que tenha entrado, mas Svayamprabha viu que a missão deles era grandiosa e, através de sua tapasya, ela os transportou para fora da caverna até as margens do oceano. (Shastri, v. 2, p. 295-297)

more from Ramayana

In the Ramayana, in their search for Sita, Hanuman and his army were passing through a desert and were faint with hunger and thirst. They saw a cave from which issued a variety of birds full of life. The gentle breeze that came out of it covered them with the pollen of lotus flowers and filled them with fragrance. The army concluded that there was water where the birds and perfume came from. Forming a chain with linked hands they plunged cautiously into the dense darkness of the cave with hearts full of hope, though too parched with thirst even to shout. At long last and all of a sudden, light appeared and they saw a lovely grove with streams of clear water and trees bowing under their wealth of fruit. Then they came to a city, with streets paved with jewels set in gold and great palaces beautiful as a dream. They went along and then they saw an aged tapasvini clad in robes of bark and a black antelope skin. That ascetic, given to fasting, shone with a great effulgence. They trembled before the divine splendor of her face. (Rajagopalachari, pp. 191-193) We learn that she is Svayamprabha, the daughter of Merusavarni, and she guards this dwelling belonging to her dear friend Hema, who is skilled in the arts of dancing and singing. The palace and grounds were built by Maya, the architect of the Danavas. It is a cave that no one can leave once they enter, but Svayamprabha sees that theirs is a great mission, and by her tapasya transports them out of the cave to the seashore. (Shastri, v. 2, p. 295-297)

Monday, November 29, 2010

Shabari

Mais uma história do blog de Satya:

No Ramayana, após Sita ser sequestrada, Rama e Lakshmana procuraram por Sugriva, o rei macaco, para os ajudar e dirigir às margens do Lago Pampa.

Os ascetas do heremitério que viveram lá já haviam se ido, mas ainda vivia uma pessoa que os servira, uma mulher mendicante chamada Shabari. Rama se dirigiu a ela e disse: 'Você superou todos os obstáculos do ascetismo, oh pessoa de doce fala? Suas austeridades aumentam diariamente? Você subjugou sua ira e necessidade de comida? Oh solitária, você observou votos e conquistou a tranquilidade? Seu serviço ao seu guru frutificou?'

A virtuosa Shabari, reverenciada pelos deuses, extremamente idosa, ofereceu Suas homenagens e disse: 'Abençoada por Sua presença, alcancei a perfeição e meu ascetismo foi coroado. Hoje meu nascimento frutificou e o serviço ao meu guru foi totalmente honrado. Oh melhor dos homens, melhor dos deuses, adorando a Ti, eu alcançarei o reino celestial de onde ninguém retorna.'...

Ela os levou pelo heremitério, mostrando-lhes as maravilhas do ashrama e então pediu licença para se retirar. Rama experimentou grande deleite e exclamou: 'Maravilhoso!'

Então, se dirigindo à Shabari de práticas ascetas, ele disse: 'O Sagrada, eu fui completamente honrado por você; agora vá e seja feliz.' Tendo recebido permissão de Rama para partir, Shabari, usando os cabelos trançados, vestida de cascas de árvore e uma pele negra de antílope, jogou-se no fogo, depois saindo dele e elevando-se ao ar como uma labareda brilhante. (Shastri, v. 2, pp. 154-158)

Shabari

One more story from Satya's blog:

In the Ramayana, after Sita has been abducted, Rama and Lakshmana search for Sugriva, the monkey King, to help them and are directed to the banks of Lake Pampa.

The ascetics of the hermitage who lived there had passed away but there still lived one who served them, a mendicant woman named Shabari. Rama addressed her and said: 'Have you overcome all obstacles to asceticism, O One of gentle speech? Do your austerities increase daily? Have you subdued your anger and your need for food? O Solitary One, have you observed your vows and attained inner tranquillity? Has your attendance on your Guru borne fruit?'

The virtuous Shabari, revered by the gods, extremely aged, offered Him homage and said: 'Blessed by your presence, I have acquired perfection and my asceticism is crowned. Today my birth has borne fruit and the service of my Gurus has been fully honored. Today my pious practices have found fulfillment. O Foremost of Men, Greatest of the Celestials, worshipping you, I shall attain the heavenly realm from which no one returns.' . . .

She gave them a tour of the hermitage, showing them the wonders of the ashrama and then asked if she could take her leave. Rama experienced great delight and exclaimed: 'Wonderful it is!'

Thereafter, addressing Shabari of ascetic practices, he said: 'O Holy One, I have been fully honored by you; now go where you will and be happy.' Having received permission from Rama to depart, Shabari, wearing matted locks, robes of bark and a black antelope skin, cast herself into the fire, thereafter rising into the air like a bright flame. (Shastri, v. 2, pp. 154-158)

Saturday, November 13, 2010

continuando...

Solabha, outra asceta do Mahabharata, era a filha do Rsi Pradhana. Nos sacrifícios dos seus ancestrais, Indra costumava vir com Drona e outros. Nenhum marido apropriado foi encontrado para ela e, então, ela vagou pela Terra sozinha, observando as práticas do ascetismo. Bhishma relacionou esta história no Mahabharata com o Rei Janaka (o pai de Sita devi) e a mendicante Sulabha. Através de seu poder ióguico, Sulabha assumiu uma bela forma e foi instantaneamente para Mithila e, com a desculpa de pedir caridade, se apresentou perante o rei, que estava cercado por ministros e eruditos. Através da yoga, ela entrou na consciência do rei. Eles conversaram sobre liberação, Samkhya e yoga. É dito que ela passou esta noite em sua presença como uma mendicante em uma casa vazia. (S. Sorensen, p. 657)

continuing...

Solabha, another ascetic of the Mahabharata, was the daughter of Rsi Pradhana. In the sacrifices of her ancestors, Indra used to come with Drona and others. No suitable husband could be obtained for her, and so she wandered over the earth alone, observing the practices of asceticism. Bhishma related this story in the Mahabharata between King Janaka (the father of Sita devi) and the female mendicant Sulabha. By her yogic power, Sulabha assumed a beautiful form and instantly went to Mithila, and, on pretense of begging alms, presented herself before the King, who was surrounded by his ministers and learned scholars. By yoga, she entered the king's consciousness. They conversed upon emancipation, Sankhya, and yoga. It is said that she dwelt this one night in his person like a mendicant in an empty house. (S. Sorensen, p. 657)

Tuesday, October 19, 2010

parte III

Então tem a história de Vedavati no Ramayana. Na Floresta do Himalaya, Ravana viu uma jovem, radiante como uma deusa, vestindo uma pele de antílope negra e cabelos emaranhados, vivendo como uma asceta. Vendo a jovem e adorável garota que havia se rendido à prática de austeridades, ele foi tomado pelo desejo e lhe perguntou por que ela adotara uma vida de mortificações que não convinham à sua idade.

A jovem, radiante com sua beleza e rica em práticas de austeridade, tendo lhe oferecido a hospitalidade tradicional, respondeu que muitos se aproximaram de seu pai para lhe pedir a mão, mas seu pai escolheu Vishnu como seu marido e não permitiria que ela se casasse com mais ninguém. Ela estava se submetendo a tais mortificações severas para realizar seu desejo.

Ravana tentou dissuadí-la de sua decisão e a convidou para ser sua consorte em Lanka, desprezando Vishnu. Vedavati se ofendeu e Ravana agarrou seu cabelo. Indignada, Vedavati cortou seu cabelo com a mão, a qual se transformara em uma espada. Queimando de ira, ela ateou um fogo para desistir de sua vida e disse, antes de partir: 'contaminada pelo contato com você, ignóbil Rakshasa, não desejo viver e devo me jogar no fogo perante seus olhos. Como você me afrontou na floresta, eu devo renascer para a sua destruição. Não é possível para uma mulher acabar com um homem mal e, se eu o amaldiçoar, minhas atividades piedosas serão anuladas; se, no entanto, eu jamais tiver dado algo em caridade ou oferecido qualquer sacrifício, que eu tenha um nascimento imaculado e que eu seja a filha nobre de um homem virtuoso.'

Falando assim, ela se jogou no fogo que ela ateara e, imediatamente, uma chuva de flores caiu sobre a floresta.

Vedavati é a filha de Janaka e a consorte de Rama. Primeiro ela nasceu como Vedavati e, então, renasceu na família do magnânimo Janaka como Sita, para a destruição de Ravana. (Shastri, v. 3, 420-422)

part III

Then there’s the story of Vedavati of the Ramayana. In the Himalayan Forest, Ravana beheld a young girl, radiant as a goddess, wearing a black antelope skin and matted locks, leading the life of an ascetic. Seeing the youthful and lovely girl who was given over to austere practices, he was overcome by desire and inquired of her why she had adopted a life of mortifications ill fitted to her years.

The young girl, radiant with beauty and rich in ascetic practices, having offered him the traditional hospitality, replied that many had approached her father for her hand but her father had chosen Vishnu to be her husband and would not permit her to marry any other. She was undergoing these severe mortifications to fulfill his will.

Ravana tried to dissuade her from her resolve and invited her to be his consort in Lanka, slighting Vishnu in the process. Vedavati was offended and Ravana seized hold of her hair. In indignation, Vedavati cut off her hair with her hand, which had been transformed, into a sword. Burning with anger she kindled a fire to give up her life and said before she left, 'Soiled by your contact, O Vile Rakshasa, I do not desire to live and shall throw myself into the fire before your eyes. Since you have affronted me in the forest, I shall be reborn for your destruction. It is not possible for a woman to slay an evil man and, if I curse you, my penances will be rendered void; if however, I have ever given anything in charity or offered any sacrifice, may I be of immaculate birth and the noble daughter of a virtuous man.'

So speaking, she threw herself into the fire that she had ignited, and straightway a rain of flowers fell.

Vedavati is the daughter of Janaka and the consort of Rama. First she was born as Vedavati and then she was reborn in the family of the magnanimous Janaka as Sita for the destruction of Ravana. (Shastri, v. 3, 420-422)

Saturday, October 9, 2010

continuando...

No Ramayana, temos Somada, a filha virgem da ninfa Urmila. Em um ashrama, Somada cuidou e assistiu ao muni Chuli. Ela serviu ao grande sábio por um longo tempo com indesviável fé e devoção. Seu Guru ficou muito satisfeito com ela e se ofereceu para satisfazer alguns de seus desejos. Ela respondeu, 'Oh rei dos reis, eu desejo ter um filho, resplandecente com poder divino, um adorador de Deus e devotado ao dharma. Eu não tenho marido, nem desejo ser esposa de ninguém, já que sou uma brahmacharini; assim, pelo poder de sua Yoga, dê-me um filho produzido pela força do seu pensamento.' O sábio divino ficou satisfeito em ouvir estas palavras e lhe deu um filho chamado Brahmadatta, pelo poder de sua mente. Brahmadatta se tornou rei de Kampila e era tão próspero quanto Indra no céu. (Shastri, v. 1, p. 70)

continuing...

In the Ramayana, we have Somada, the virgin daughter of the nymph Urmila. In an ashrama, Somada cared for and ministered to the muni Chuli. She attended the great sage for a long time with undeviating faith and devotion. Her Guru was very pleased with her and offered to fulfill some desire of hers. She responded, 'O King of Kings, I desire to bear a son, resplendent with divine power, a worshiper of God and devoted to dharma. I have no husband, nor do I wish to be the wife of any, as I am a brahmacharini; therefore, by virtue of your Yoga, grant me a son produced by the power of your thought.' The divine sage was pleased to hear these words and granted her a son named Brahmadatta, by the power of her mind. Brahmadatta became King of Kampila and was as prosperous as Indra in heaven. (Shastri, v. 1, p. 70)

Saturday, September 25, 2010

mulheres ascetas por Satya dd

Este post e alguns próximos foram retirados do blog de Satya Devi Dasi (http://satyadevidasi.blogspot.com/2007/08/female-ascetics-look-through-puranic.html). Ela é membro da ISKCON e fala um pouco sobre sua experiência na busca do caminho da vida espiritual enquanto uma pessoa que vive em um corpo feminino. Ela fala um pouco sobre sua própria história e então dá exemplos da história de outras mulheres. Como é um pouco longo, colocarei primeiro apenas uma parte.


Mulheres ascetas--Um olhar sob a ótica dos Puranas

Eu escrevi isso há muitos anos atrás, mas ainda parece atual. Minha frase preferida continua a ser: "Nunca despreze uma mulher, mesmo que ela seja desprezível. " --Satya
Como devotos, nós sabemos porque este mundo em que vivemos foi criado. Estamos certos do que precisamos fazer enquanto estamos aqui. Sabemos o que precisamos fazer para voltar para casa, para voltar ao Supremo. Mas, de algum modo, quando começamos a falar sobre o que precisamos fazer enquanto homens ou mulheres, estas coisas parecem se confundir.

Como mulheres, temos o dever de cuidar das crianças e marido, além de cuidarmos de nós mesmas. Nós os apoiamos fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Ouvimos várias vezes que uma mulher sempre deve ser protegida por um homem durante sua vida: por seu pai durante a infância, por seu marido enquanto esposa e por seu filho na idade avançada.

Temos exemplos e histórias maravilhosas na nossa sampradaya de mulheres em todos estes estágios da vida. Sobre garotas jovens, temos as histórias de Srimati Radharani e as Gopis. Sobre mulheres casadas e mães, temos Srimati Rukmini, Satyabhama, Mãe Yasoda, Draupadi, Kunti devi, Gandhari e várias outras. Como viúvas, temos as histórias das esposas de Krsna após Ele deixar o planeta, os exemplos das esposas dos guerreiros derrotados após a batalha de Kurukshetra, ou o de Vishnupriya com suas severas austeridades. Estas mulheres são corajosas, fiéis, austeras e têm Krsna firme em seus corações e mentes. Os exemplos destas mulheres nos nutrem e preenchem com um tipo similar de coragem e fé e nos ajudam a manter Krsna em nossos corações e mentes.

O exemplo é algo muito importante em nossas vidas. Precisamos das formas, das histórias, para preencher uma vida que, de outro modo, seria árida. Estas histórias permeiam nossas vidas e honram uma série de valores que são centrais na saga espiritual das mulheres. Elas afirmam nosso ser enquanto mulheres, enquanto devotas. Esta imagem tem o poder de liberar e despertar partes do nosso eu.

O tópico deste escrito é as mulheres ascetas. As mulheres fazem austeridades durante todos os estágios da vida. Como Vaisnavas, nós (homens e mulheres) observamos jejum no ekadasi e em certos dias santos, cantamos voltas em nossas contas de japa e seguimos princípios regulativos. Nos comportamos de modo compassivo para com todas as entidades vivas. Somos renunciantes.

Na Índia, austeridades extras são muito comuns na vida das mulheres. Votos são feitos por meninas para ter um bom marido, por mulheres casadas (como pativrata) para o bem e proteção de seus maridos e família e por viúvas para a contínua proteção de suas famílias e maridos que se foram. Saubhagya (boa fortuna ou felicidade conjugal), uma qualidade móvel, é conquistada e mantida através destes votos pelas mulheres para o contínuo sustento de suas famílias.

Srila Prabhupada queria que nos tornássemos conscientes de Krsna — que fôssemos conscientes de Krsna em todos os momentos do dia e da noite, que servíssemos Krsna, que amássemos Krsna e oferecêssemos tudo a Ele. Através de nossas atividades diárias, como suas discípulas, estamos tentando fazer isto.

Com todos estes tópicos em mente, gostaria de levá-los em uma pequena jornada. É parte da minha jornada pessoal, mas bem poderia ser a jornada de outra mulher aqui ou em qualquer outra parte do mundo. Este modelo de ser protegida em todos os estágios da vida por um homem não é um modelo que cabe muito bem para mim. Meu pai deixou nossa família quando eu tinha três anos; agora sou divorciada após ter sido casada por treze anos e tenho uma filha já crescida. Não há pai, marido ou filho para me proteger. Minhas tentativas de seguir este modelo em minha vida apenas me deixararam frustrada. Outras tentativas de criar alternativas também foram frustrantes. Eu imagino o que as mulheres em nossa tradição fizeram. Havia histórias de mulheres que escolheram não se casar, de mulheres que viveram sozinhas ou que, de algum modo, estavam fora deste padrão? Eu decidi dar uma olhada nos Puranas, Mahabharata e Ramayana para ver se podia achar exemplos e histórias de outras mulheres que pudessem servir de apoio, que pudessem ser encorajadoras ou que dessem ânimo.

Com um pouco de procura, encontrei algumas histórias que me inspiraram. Eu organizei as histórias dessas sete mulheres em dois grupos — donzelas ascetas, ou jovens ascetas que não eram casadas, e as mulheres ascetas mais velhas. Nestas histórias, há exemplos de mulheres que rejeitaram o papel de esposa e aceitaram a vida de renúncia pessoal. Algumas eram protegidas por sábios e gurus nas premissas dos ashramas e algumas viviam ou andavam por aí sozinhas. Com algumas das mulheres, vemos mais a história de suas vidas mas, com algumas, vemos apenas uns breves incidentes. Eu gostaria de compartilhá-las com vocês sem muita análise.

No Mahabharata, à Madhavi, a filha do Rei Yayati, foi dada uma bênção que, após dar à luz uma criança, ela se tornaria virgem novamente. Galava, um discípulo de Vishvamitra, se aproximou do Rei Yayati procurando por ajuda para obter cavalos especiais para seu guru. O Rei Yayati, que fora abastado anteriormente, não foi capaz de ajudar, mas ofereceu sua filha donzela, Madhavi, no lugar. Galava levou Madhavi a três reis diferentes com a oferta de que Madhavi lhes "daria" filhos em troca dos cavalos pretendidos. Após Galava obter os cavalos que precisava, levou então Madhavi de volta para seu pai. O Rei Yayati organizou um svayamvara para ela em um eremitério perto da confluência do Ganges com o Jamuna.

Lá houve um encontro de serpentes, Yakshas, homens, pássaros e veados e dos habitantes das montanhas, árvores e bosques. A floresta ficou cheia de príncipes de diversos povos e países, e estava por toda a parte cheia de pessoas videntes como Brahma. Mas quando todos os pretendentes foram anunciados, a jovem mulher branca passou por todos eles e escolheu a floresta como seu noivo. Madhavi desceu da carruagem, reverenciou seus familiares e foi então para a floresta sagrada e praticou auseridades. (van Buitenen, v.3, p. 410 411)

Monday, September 13, 2010

Female Ascetics by Satya dd

This post and the next few posts are taken from a blog of Satya Devi Dasi (http://satyadevidasi.blogspot.com/2007/08/female-ascetics-look-through-puranic.html). She's an ISKCON member and talks a little about her experience in pursuing the path of spiritual life while living in a female body. She talks a little about her own story and then give exemples of other women's stories. As it is a little long writing, I'll put just part of it first.



Female Ascetics--A Look Through Puranic Glasses

I wrote this many years ago, but it still seems current. My favorite line continues to be: "Never despise a woman even if she is despicable. " --Satya
As devotees, we are aware of why this world that we live in was created. We are clear about what we need to do while we are here. We know what we need to do to go back home, back to Godhead. But somehow, when we start to talk about what we need to do as men or women, these things seem to get mixed up.

As women, we have the duty of taking care of children and husbands, in addition to ourselves. We support them physically, emotionally, and spiritually. We have heard many times that a woman should always be protected by a man throughout her life: by her father in childhood, by her husband as a wife, and by her son in old age.

We have wonderful images and stories in our sampradaya of women in all these stages of life. Of young girls, we have the stories of Srimati Radharani and the Gopis. As married women and mothers, we have Srimati Rukmini, Satyabhama, Mother Yasoda, Draupadi, Kunti devi, Gandhari, and many others. As widows, we have the stories of Krsna's wives after He left the planet, the images of the wives of fallen warriors after the battle of Kurukshetra, or of Vishnupriya with her severe austerities. These women were courageous, faithful, austere, and had Krsna firmly in their hearts and minds. The images of these women nourish us and fill us with a similar kind of courage and faith, and help us to keep Krsna in our hearts and minds.

Imagery is very important in our lives. We need the forms, the stories, to fill an otherwise arid life. These stories permeate our lives and honor a range of values that are central to a woman's spiritual quest. They affirm our being as females, as devotees. This imagery has the power to liberate and reawaken parts of ourselves.

The topic of this paper is female ascetics. Women practice austerities through all stages of their lives. As Vaisnavas, we (men and women) observe fasting on ekadasi and certain holy days, we chant rounds on our japa beads, and we follow regulative principles. We behave in a caring way to all living entities. We are renunciates.

In India, additional austerities are very familiar in the lives of women. Vows are taken by very young girls for a good husband, by married women (as a pativrata) for the welfare and protection of their husband and families, and by widowed women for the continued protection of their families and departed husband. Saubhagya (good fortune or marital happiness), a transferable quality, is engendered and maintained through these vows by women for the continued sustenance of their families.

Srila Prabhupada wanted us to become Krsna conscious—to be conscious of Krsna at all times of the day and night, to serve Krsna, to love Krsna, and offer everything to Him. Through our daily activities, as his female disciples, we are trying to do that.

With all these topics in mind, I'd like to take you on a short journey. It’s part of my personal journey, but it could very well be the journey of other women in this audience or within other parts of the world. This model of being protected at all stages of life by a man has not been one that has fit me very well. My father left our family when I was three years old, I'm divorced now after being married for thirteen years, and have a grown daughter. No father, husband, or son is there to protect me. My attempts to fulfill this model in my life have only left me frustrated. Other attempts to create alternatives were also frustrating. I wondered what other women in our tradition had done. Were there stories of women who had chosen not to be married, of women who lived alone, or who were somehow outside of this model? I decided to look to the Puranas, the Mahabharata, and the Ramayana to see if I could find images and stories of other women that might be supportive, encouraging, or enlivening.

With a little digging, I found some stories that have been inspirational to me. I‘ve arranged the stories of these seven women into two groups—ascetic maidens or young ascetics who were unmarried, and then older female ascetics. In these stories, there are examples of women who rejected the role of wife and accepted the life of personal renunciation. Some were protected by sages and gurus in ashrama settings, and some lived or wandered about on their own. With some of the ladies, we see more of their life stories, but with some, we only have brief vignettes. I'd like to share them with you now without too much analysis.

In the Mahabharata, Madhavi, the daughter of King Yayati, was given a boon that after giving birth to a child she would become a virgin again. Galava, a disciple of Vishvamitra, approached her father King Yayati for his help in obtaining special horses for his guru. King Yayati, who was once wealthy, was not able to help, but offered his maiden daughter, Madhavi, instead. Galava took Madhavi to three different kings with the offer that Madhavi would "provide" sons for them in exchange for the needed horses. After Galava had obtained the horses he needed, he then took Madhavi back to her father. King Yayati organized a svayamvara for her at a hermitage near the confluence of the Ganges and Jamuna.

There was a gathering there of Snakes, Yakshas, men, birds, and deer, and the denizens of the mountains, trees, and woods. The forest teemed with the princes of diverse peoples and countries, and it was filled everywhere with Brahma-like seers. But when all the suitors were announced, the fair-complexioned woman passed by all of them and chose the forest as her bridegroom. Madhavi descended from the chariot, bowed to her relatives, then went to the holy forest and practiced austerities. (van Buitenen, v.3, p. 410 411)

Wednesday, May 19, 2010

Casamento

Oi a todos! Estive ausente por um tempo, mas agora estou de volta. E hoje quero escrever sobre um dos meus assuntos preferidos: casamento! Oh sim! Esta eh uma grande fonte de aleria e tambem de problemas para tantas pessoas e, especialmente, para as mulheres, que realmente ha muito a ser dito sobre o assunto.
Entao, vamos comecar dizendo uma vez mais que, originalmente, as mulhere eram livres na cultura vedica para escolher seu proprio marido: "A mulher de nascimento gentil e forma graciosa", discorre um verso no Rig Veda, "seleciona dentre muitos de seus amados um para ser seu marido.” O termo usado para o noivo era vara, o escolhido. ”A feliz e bela noiva escolhe (vanute) por si mesma (svayam) seu proprio marido" RV (27.12). Os swayamvaras das princesas sao bem documentados.
Eh claro que poderia haver interferencia da familia tambem, mas a opiniao da mulher sempre foi considerada. E mais um ponto que podemos entender com relacao a esta liberdade de escolha eh que a mulher nao era uma crianca, pois se fosse nao teria a maturidade para escolher seu proprio marido! Normalmente o casamento acontecia nao muito cedo e nem muito tarde na vida da mulher. Embora tenhamos conhecimento de que algumas podiam se casar ja tarde na vida, como Gosha, uma conhecida sabia (sendo que seu marido era outro conhecido erudito da epoca, Kakasivan)que se casou tarde porque sofria antes de uma doenca de pele. Como ja discutido anteriormente, as mulheres tambem tinham a opcao de nao se casarem, se quisessem permancer solteiras.
Mais uma vez, o que podemos ver eh que a sociedade vedica eh uma sociedade de liberdade e respeito pelas mulheres e por todas as entidades vivas, na qual todos tem deveres de acordo com sua natureza e posicao, mas tem tambem a liberdade de escolher sua posicao de acordo com sua natureza, bem como a de se comportar de acordo com sua personalidade.

Tuesday, May 18, 2010

marriage

Hi everyone! I was absent for some time, but now I’m back. And I want to write today about one of my favorite topics: marriage! Oh yes! That’s such a big source of both joy and trouble for many people and specially for women that there’s really much to be said on that.
So, let’s start saying once more that originally women were free in vedic culture to choose their own husband: "The woman who is of gentle birth and of graceful form," so runs a verse in the Rig Veda, "selects among many of her loved one as her husband.” The term for the bridegroom was vara, the chosen one. ”The happy and beautiful bride chooses (vanute) by herself (svayam) her own husband" RV (27.12). The swayamvaras of the princesses are well documented.
Of course there could be interference of family also, but the opinion of the woman would always be considered. And one more point that we can understand from this freedom of choice is that the woman was not a child, or she could not have the maturity to choose her own husband! Usually marriage would take time not too early in a woman’s life, nor too late. Although we know also that some woean could get married late on her life, like Gosha, a well known female sage (her husband being another well known scholar of that time, Kakasivan)who got married late cause she earlier suffered from some skin ailment. As discussed before, women also had the option of not getting married at all, if they wanted to remain single.
Once again, what we can see is that vedic society is one of freedom and respect for women and for all living beings, where everyone has duties according to its nature and position, but also have freedom to choose their position according to their nature, as well as behave according to their personality.

Tuesday, March 2, 2010

Savitri

Savitri era a filha única de um rei chamado Ashwapati, o rei de Madra-Desha, conforme explicado no Mahabharata e no Matsya Purana. Ele realizou austeridades para satisfazer o Senhor Brahma e sua consorte, Savitri Devi, para ter progênie através do cantar da oração de Savitri. Quando teve uma filha, ele lhe deu o nome de Savitri e ela cresceu uma garota de grande beleza e caráter, de maravilhosa personalidade e qualidades. Infelizmente, seu pai não pôde achar um marido adequado para ela quando chegou o tempo. Então, ele a mandou para diferentes partes do país de modo que ela pudesse achar um marido que considerasse aceitável. Após algum tempo, Savitri decidiu se casar com Satyavana, mas ele era o filho de Dyumatsena, que era o rei cego e exilado de Shalya-Desha. Por causa disso, eles viviam na floresta. Satyavana era simples mas carregava um toque de realeza, o que atraiu Savitri.
Savitri voltou para seu pai e contou as notícias. Mas o sábio Narada Muni estava lá e a ouviu e revelou que Satyavana era altamente qualificado mas iria viver por apenas mais um ano. Mas Savitri havia tomado sua decisão e não se casaria com nenhum outro. Então, para satisfazer a intenção de Savitri, o rei arranjou o casamento.
Um dia, após viver na floresta por um ano, Satyavana saiu para cortar um pouco de lenha como de costume. Savitri estava fazendo austeridade por vários meses e o seguiu pelos bosques. Neste dia Satyavana caiu com uma dor de cabeça. Naquela hora, Savitri viu uma pessoa feroz se aproximando e pode reconhecer que eraYama, o senhor da morte, que havia vindo para levar Satyavana, já que sua vida estava acabando. Após Yama ter levado Satyavana, Savitri começou a seguir Yama. Ele pediu para ela não segui-lo e até lhe prometeu várias bênçãos, tudo menos a vida do seu marido. No entanto, Savitri continuou a segui-lo até que ele satisfezesse seus desejos.
Savitri pediu a Yama que a visão de seu sogro voltasse, junto com seu reino perdido. Então ela pediu cem filhos para seu pai. Tudo isto foi concedido, já que Yama estava ficando cada vez mais impaciente. Então ela pediu cem filhos para ela também, todos eles tão belos e sábios quanto Satyavana, ao que Yama também concordou sem pensar muito. Mas então ele percebeu seu erro e teve que permitir que Satyavana continuasse com sua vida. Então, pelo poder da austeridade de Savitri, de sua sabedoria e devoção, ela conquistou a morte para seu marido e abençoou seu próprio pai e seu sogro também. *


*http://www.stephen-knapp.com/women_in_vedic_culture.htm

Monday, March 1, 2010

Savitri

Savitri was the only child of a king named Ashwapati, the king of Madra-Desha, as explained in the Mahabharata and Matsya Purana. He had performed austerities to please Lord Brahma and his consort, Savitri Devi, to have progeny by chanting the Savitri prayer. When a daughter arrived, he named her Savitri, and she grew to be a girl of great beauty and character, and wonderful personality and qualities. Unfortunately, her father could find no suitable husband for her when she became of age. So he sent her to different parts of the country so she could find a husband she deemed acceptable. After some time Savitri decided to marry Satyavana, but he was the son of Dyumatsena who was the blind and exiled king of Shalya-Desha. Because of this, they lived in the forest. Satyavana was simple but bore a countenance of royalty, which attracted Savitri.
Savitri returned to her father to relate the news, however the sage Narada Muni happened to be there and heard it and revealed that Satyavana was highly qualified but was to live for only one year longer. But Savitri had made her decision and would not marry another. So to fulfill Savitri’s intention, the king arranged for a wedding.
One day, after living in the forest for a year, Satyavana went off to chop some wood as usual. Savitri had been observing penance for many months and followed him into the woods. On this day Satyavana fell down with a headache. At that same time, Savitri saw a ferocious person approaching and could recognize that it was Yama, the lord of death, who was coming to take Satyavana since his life was ending. After Yama had taken Satyavana, Savitri started to follow Yama. He asked her not to follow him and even promised her many boons, all but the life of her husband. Nonetheless, Savitri continued to follow him until he granted her wishes.
Savitri asked Yama for her father-in-law’s eyesight to return, along with his lost kingdom. Then she asked for one hundred sons for her father. All these were granted as Yama became increasingly impatient. Then she asked for one hundred sons for herself as well, all of them as handsome and wise as Satyavana, to which Yama also agreed without much thought. But then he realized his mistake and had to allow Satyavana to continue with his life. Thus by the power of Savitri’s austerity, wisdom and devotion, she conquered death for her husband and blessed her own father and father-in-law as well.






http://www.stephen-knapp.com/women_in_vedic_culture.htm

Tuesday, February 9, 2010

menina

No Rig-Veda não há nada que diga que o nascimento de uma menina era considerado inauspicioso. As celebrações e outros samskaras eram conduzidos com entusiasmo. Em um caso em particular, gêmeas eram comparadas com o céu e terra. As filhas não eram impopulares. Era-lhes permitido o estudo védico e ofereciam sacrifícios aos deuses. O filho não era, em absoluto, necessário para este propósito.
Há uma referência ao nascimento apenas de uma filha a quem era dada a posição legal de um filho; e ela podia realizar ritos funerários de seu pai e também herdar sua propriedade. Isto indica que a posição de uma menina na época do Rig Veda não era baixa como veio a ser na época medieval. (S. R. Shastri, Women in the Vedic Age- 1960).
A educação era um aspecto importante na criação de uma criaça. A educação era considerada essencial para as meninas e era, assim, normal que as meninas recebessem educação. As garotas educadas eram tidas em alta conta. A literatura védica glorifica a filha erudita e diz: "Uma menina também deve ser criada e educada com grande esforço e cuidado” (Mahanirvana Tantra). A importância da educação de uma menina é ressaltada no Atharva Veda, que diz,” O successo de uma mulher em sua vida de casada depende de seu treinamento apropriado durante BrahmaCharya (período como estudante)” (…)
O Rig Veda (3.31.2) ordena que se os pais tiverem filho e filha, o filho realize pindaan (após a morte do pai) e que a filha seja agraciada com presentes. Também garante o direito da filha na partilha de propriedade do pai .” (2.17.7) *
“Uma mãe heróica anuncia orgulhosamente, então, no Veda: Mama Putro Shatruhane mamaduhita virat, que significa que meu filho é um eliminador de inimigos e minha filha é digna de honra.” **



* http://ssubbanna.sulekha.com/blog/post/2007/10/rig-veda-position-of-women-2-2.htm
** http://rahulwrites.rediffiland.com/blogs/2008/10/18/Women-in-India-1.html

Monday, February 8, 2010

Girl child

In the Rig-Veda, there is no instance where the birth of a girl was considered inauspicious .The celebrations and others samskaras were conducted with enthusiasm. In a particular case, twin daughters were compared to heaven and earth. The daughters were not unpopular. They were allowed Vedic studies and were entitled to offer sacrifice to gods. The son was not absolutely necessary for this purpose.
There is reference to the birth of an only daughter, who was assigned the legal position of a son; and she could perform funeral rites of her father and could also inherit the property. It indicates that the position of a girl in Rig Vedic times was not as low as it was to become in medieval times. (S. R. Shastri, Women in the Vedic Age- 1960).
Education was an important feature in the upbringing of a girl child. Education was considered essential for girls and was therefore customary for girls to receive education. The girls with education were regarded highly. Vedic literature praises a scholarly daughter and says: "A girl also should be brought up and educated with great effort and care" (Mahanirvana Tantra). The importance of a girl’s education is stressed in the Atharva Veda which states,” The success of woman in her married life depends upon her proper training during the BrahmaCharya (student period)” (…)
Rig Veda (3.31.2) commands that if parents have both son and daughter, son performs pindadaan (after death of father) and daughter be enriched with gifts. It also attests share of a daughter in property of her father .” (2.17.7) *
“A heroic mother proudly announces in Veda thus Mama Putro Shatruhane mamaduhita virat meaning that my son is a vanquisher of enemies and my daughter is honorable.” **






* http://ssubbanna.sulekha.com/blog/post/2007/10/rig-veda-position-of-women-2-2.htm
** http://rahulwrites.rediffiland.com/blogs/2008/10/18/Women-in-India-1.html

Monday, February 1, 2010

Madalasa

Madalasa era a filha de Vishvasu, o rei de Gandharva. Ela também era uma grande inspiração para seus filhos. Ritdhvaj, o filho do poderoso rei Shatrujit, era seu marido. Quando Shatrujit morreu, Ritdhvaj ficou na posição de rei e se ocupou nos deveres reais. No devido tempo, Madalasa deu à luz um filho, Vikrant. Quando Vikrant chorava, Madalasa cantava palavras de sabedoria para fazê-lo se aquietar. Ela cantava que ele era uma alma pura, que aquele não era seu nome real e que seu corpo era apenas um veículo feito de cinco elementos. Se ele não era de fato o corpo, por que ele chorava? Então, Madalasa iluminava seu filho com conhecimento espiritual nas canções que cantava para ele. Por causa deste conhecimento, o pequeno Vikrant cresceu como um asceta, livre dos apegos mundanos ou atividades monárquicas e eventualmente foi para a floresta se ocupar em austeridades. A mesma coisa aconteceu com seu segundo filho, Subahu, e seu terceiro filho, Shatrumardan. Seu marido lhe disse que ela não deveria ensinar o mesmo conhecimento ao quarto filho, Alark, de modo que pelo menos um deles se interessassepor atividades mundanas e aceitasse o papel de cuidar do reino. Então, para Alark ela cantou uma canção sobre ser um grande rei que governou o mundo inteiro e o tornou próspero e livre de vilões por muitos anos. Fazendo assim ele desfrutou da recompensa da vida e eventualmente se uniu aos imortais. Assim ela treinou seu filho Alark desde o início de sua vida na direção que ele devia tomar. É assim que uma mãe pode influenciar seu filho em todo o potencial possível, seja materialmente ou espiritualmente, mostrando pensamentos nobres que abram os caminhos das atividades para seus filhos.




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Sunday, January 31, 2010

Madalasa

Madalasa was the daughter of Vishvasu, the Gandharva king. She was also a great inspiration to her sons. Ritdhvaj, the son of the powerful king Shatrujit, was her husband. When Shatrujit died, Ritdhvaj took the position of king and engaged in the royal duties. In due course, Madalasa gave birth to a son, Vikrant. When Vikrant would cry, Madalasa would sing words of wisdom to keep him quiet. She would sing that he was a pure soul, that he has no real name and his body is merely a vehicle made of the five elements. He is not really of the body, so why does he cry?
Thus, Madalasa would enlighten her son with spiritual knowledge in the songs she would sing to him. Because of this knowledge, little Vikrant grew up to be an ascetic, free from worldly attachments or kingly activities, and he eventually went to the forest to engage in austerities. The same thing happened to her second son, Subahu, and her third son, Shatrumardan. Her husband told her that she should not teach the same knowledge to their fourth son, Alark, so that at least one of them would be interested in worldly activities and take up the role of looking after the kingdom. So to Alark she sang a song of being a great king who would rule the world, and make it prosperous and free from villains for many years. By so doing he would enjoy the bounty of life and eventually join the Immortals. In this way, she trained her son Alark from the beginning of his life in the direction he would take. This is how a mother can influence her child in whatever potential may be possible, whether materially or spiritually, by imparting noble thoughts to open the avenues of activities for her children.



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Sunday, January 24, 2010

a inteligência feminina

Há uma nova moda que é dizer que as mulheres são menos inteligentes que os homens. Aqui eu gostaria de mostras o que as escrituras falam sobre isto. De certo modo, é de fato dito que a maioria das mulheres geralmente têm um coração muito mole. Isto pode ser um problema porque várias vezes elas podem colocar o coração e os sentimentos antes da inteligência ou do senso de discriminação. Isto não é exatamente uma falta de inteligência, mas uma pureza de coração que é perigosa para a pessoa em um mundo degradado como o que nós vivemos. Deste modo, critaturas puras como as mulheres e os brahmanas, sempre devem ser cuidadas, de modo que possam ser protegidas das pessoas más. Não há dúvida de que a classe brahmínica seja a classe mais inteligente da sociedade (não estamos falando aqui das pessoas que são brahmanas porque nasceram em famílias de brahmanas, mas estamos nos referindo aos verdadeiros brahmanas, que têm as qualificações brahmínicas). Similarmente, o fato das mulheres serem puras ou, muitas vezes, inocentes, ou o fato de que elas devem ser protegidas, não tem nada a ver com falta de inteligência. Sarasvati, a deusa da inteligência é mulher!
“Agnihthram Tatachar swamy aponta um termo védico especial: Purandhi, e explica seu significado. De acordo com os vedas, a mulher é mais inteligente que o homem (i.e) ela é uma purandhi. (…) Com este termo a inteligência superior da mulher é indicada.”*
Estando conscientes da capacidade das garotas, as famílias e professores costumavam treiná-las assim como treinavam os garotos. Isto está de acordo com o Atharva Veda, que diz que as garotas deveriam ser treinadas como estudantes antes de entrarem na vida de casadas. “As garotas devem se treinar para se tornarem completamente eruditas e joviais através de Brahmcharya e, então, entrarem na vida de casadas.” **
O Atharva Veda também diz: “Oh mulher! Você é a mantenedora do conhecimento de todos os tipos de ações (karma).” “Oh mulher! Você sabe tudo. Por favor, nos dê a força da prosperidade e riqueza.” e “Oh mulher! Utilize seu intelcto védico em todas as direções de nossa casa!”.
No mesmo Veda também é afirmado: “As mulheres deve fazer parte das câmaras legislativas e colocar sua visão na linha de frente.” E do Rg Veda temos: “Oh homens e mulheres! Uma mulher erudita que tenha praticado ou que ensine um, dois ou três Vedas ou quatro Vedas e quatro upavedas, junto com gramática, etimologia, etc e dissemina este conhecimento para todo o mundo e remove a ignorância das pessoas é fonte de felicidade para o mundo inteiro. Uma mulher que estuda e ensina todas as partes dos Vedas traz progresso a todos os seres humanos.” Então, a idéia de que as mulheres não podem estudar os Vedas é apenas uma modernidade sem sentido. De fato, elas não apenas devem estudá-los mas também ensiná-los, embora vejamos que em várias sociedades espirituais hoje em dia as mulheres não sejam autorizadas a pregar ou ensinar.
De acordo com o Rg Veda, as mulheres podem dizer: “Meu destino é glorioso como o sol nascente. Eu sou a bandeira do meu lar e sociedade. Eu também sou a cabeça deles. Eu posso fazer discursos impressionantes. Meus filhos conquistam inimigos. Minhas filhas iluminam o mundo todo.”
Então, como vemos, as mulheres da época védica não pensam em si mesmas como pobres criaturas sem inteligência. Elas sabem de sua importância não apenas para sua família mas também para a sua sociedade. Elas são a cabeça. Assim, elas têm inteligência e direcionam. Sua importância não consiste em apenas ficar atrás dos homens obedecendo às suas ordens. Elas dizem que podem fazer discursos impressionantes. É claro que elas não estão trancadas em casa apenas cozinhando e limpando, pois se fosse assim, esta afirmação não faria sentido. Elas são livres para falar para várias pessoas e são impressionantes, então elas têm conhecimento que causa essa impressão. Seus filhos conquistam inimigos, mas suas filhas iluminam o mundo todo. Suas filhas não são fardos que são assassinados no ventre ou que são menos importantes que os filhos. Não! Elas iluminam o mundo todo!



* SriPedia - http://www.ibiblio.org/sripedia/cgi-bin/kbase/Vedas/Women
** Agniveer – Women in Vedas - http://agniveer.com/vedas/women-in-vedas/

Saturday, January 23, 2010

women's intelligence

There’s a new fashion that is to say that women are less intelligent then man. Here I’d like to show what the scriptures say about it. In a certain way, it is indeed said that most part of women usually have a very soft heart. That might be a problem because many times they can put their heart and feelings before their intelligence or sense of discrimination. This is not exactly a lack of intelligence, but a purity of heart that is dangerous for the person in a degraded world like the one we live in. In this way, pure creatures like women and brahmanas should always be taken care of, so that they can be protected from evil persons. There’s no question that the brahminical class is the most intelligent class of the society (we are not speaking here of people who are brahmanas because were born in family of brahmanas, but we are talking about real brahmanas, with the brahminical qualifications). Similarly, the fact that women are pure or, many times, innocent, or that they have to be protected, has absolutely nothing to do with a lack of intelligence. Sarasvati, the goddess of intelligence is a woman!
“Agnihthram Tatachar swamy points out a special Vedic term : Purandhi, and explains its significance . According to the VedAs , women are more intelligent than men (i.e) she is a purandhi. (…) By that term , Women's superior intelligence is indicated.”*
Being aware of the capacity of the girls, the families and teachers used to train them just as they used to train the boys. That was according to the Atharva Veda, which says that girls should be trained as students before entering marriage life. “Girls should train themselves to become complete scholars and youthful through Brahmcharya and then enter married life.” **
The Atharva Veda also says: “Oh woman! You are the keeper of knowledge of all types of actions (karma).” “Oh woman! You know everything. Please provide us strength of prosperity and wealth.” and “Oh woman! Utilize your vedic intellect in all directions of our home!”.
In the same Veda it is also stated: “Women should take part in the legislative chambers and put their views on forefront.” And from the Rg Veda we have: “O men and women! A scholarly woman who has practiced or teaches one, two or three Vedas or four Vedas and four upavedas, along with grammar, etymology etc and spreads knowledge to whole world and removes ignorance of people is source of happiness for entire world. A woman who studies and teaches all parts of Vedas brings progress to all human beings.” So, the idea that women can’t study the Vedas is just a modern non-sense. Actually, they should not only study it, but also teach it, although we see that in many spiritual societies nowadays women are not allowed to preach or teach.
According to The Rg Veda, women can say: “My destiny is as glorious as the rising sun. I am the flag of my home and society. I am also their head. I can give impressive discourses. My sons conquer enemies. My daughter illuminates the whole world.”
So, as we see, women from vedic age don’t think of themselves as poor non-intelligent creatures. They know their importance not only for their family but also for their society. They are the had. So, they have intelligence and give directions. Their importance is not only to stay behind men obeying their orders. They say they can give impressive discourses. Of course they are not locked at home just cooking and cleaning, otherwise, that statement would make no sense. They are free to speak for many people and they are impressive, so they have knowledge to cause that impression. Their sons conquer enemies, but their daughter illuminates the whole world. Their daughters are not burdens that are killed in the womb or who are less important then their sons. No! They illuminate the whole world!



*SriPedia - http://www.ibiblio.org/sripedia/cgi-bin/kbase/Vedas/Women’
** Agniveer – Women in Vedas - http://agniveer.com/vedas/women-in-vedas/

Tuesday, January 12, 2010

kama-sutra

Vamos dar uma olhada no que o Kama Sutra diz sobre amor e casamento.
“Deve ser conhecida como uma alta conexão quando um homem, após se casar com uma garota, tem que serví-la e às relações dela como um servo, e tal conexão é censurada pelos bons. Por outro lado, aquela conexão censurável em que um homem, junto com suas relações, manda em sua esposa, é chamada conexão baixa pelos sábios. Mas quando tanto homem quanto a mulher dão prazer mútuo um ao outro, e quando os parentes de ambos os lados respeitam uns aos outros, esta é chamada uma conexão, no sentido mesmo da palavra. Assim, um homem não deve contrair nem uma conexão alta, pela qual ele é obrigado a se curvar aos seus novos familiares, nem uma conexão baixa, que é universalmente repreendida por todos.” Eu já escrevi sobre esta parte do Kama Sutra há alguns posts atrás. Então, gostaria apenas de enfatizar mais uma vez o fato de que é considerado um verdadeiro relacionamento, uma verdadeira conexão, quando “tanto homem quanto a mulher dão prazer mútuo um ao outro, e quando os parentes de ambos os lados respeitam uns aos outros”. E também queria lembrar o leitor que o tipo derelacionamento no qual o marido manda na esposa é chamada conexão baixa e que “é universalmente repreendida por todos”, embora infelizmente na Índia hoje em dia várias pessoas sem educação e pretensamente educadas ainda pensem que esta é muito boa…
“Uma garota que é muito desejada deve se casar com um homem de quem ela goste e que ela pensa que será obediente a ela e capaz de lhe dar prazer. Mas quando, devido ao desejo de riqueza, uma garota é casada por seus pais com um homem rico sem levar em consideração o caráter ou aparência do noivo, ou quando é dada a um homem que tem várias esposas, ela nunca se torna apegada ao homem, mesmo que ele seja provido de boas qualidades, obediente à vontade dela, ativo, forte e saudável, e ansioso por satisfazê-las de todas as maneiras. “Um marido que é obediente mas é também senhor de si, embora possa ser pobre ou não tenha boa aparência, é melhor do que um que é comum a várias mulheres, mesmo que este seja bonito e atrativo.” Este é um ponto interessante. É claro que as mulheres gostam de homens que estão prontos a agir de acordo com seu desejo mas, ao mesmo tempo, isto não significa que elas querem um tipo de cachorro que não tem seus próprios desejos e opiniões. Ele deve ser senhor de si. Não se espera que ele perca sua personalidade e se torne como um objeto. Algumas pessoas pensam que as mulheres sempre estão atrás de dinheiro ou beleza mas, como é confirmado aqui, “Um marido que é obediente mas é também senhor de si, embora possa ser pobre ou não tenha boa aparência, é melhor do que um que é comum a várias mulheres, mesmo que este seja bonito e atrativo.” Isto é assim porque as mulheres jamais podem desenvolver uma real conexão com homens que também se interessam por outras mulheres. Hoje em dia homens hindus não se casam com mais de uma esposa, mas ainda assim vários deles exibem orgulhosamente sua atração por outras mulheres, sejam mulheres nas ruas ou atrizes famosas, modelos, etc. Para uma mulher que é sincera em seu relacionamento com o marido, isto não é algo fácil de se tolerar. Uma prova disto pode ser encontrada no Atharva Veda, em um hino de casamento, onde a noiva diz: “Eu te envolvo com este manto, que foi herdado de Manu, para que você possa ser apenas meu e nunca admire outra.” Nesta época em que vivemos as pessoas são tão degradadas que várias coisas inaceitáveis se tornaram comuns. E uma delas é homens admirando mulheres que não sejam a sua própria esposa, como se elas fossem apenas objetos sexuais. Assim, alguns homens podem tentar fazer ou dar tudo para sua esposa e falham em entender por que ela ainda não está satisfeita ou não lhes dá verdadeiro amor. Eles deveriam averiguar se são realmente leais então, o que inlcui lealdade mental, já que traição não é, necessariamente, um ato físico.
Alguém pode achar estranho que o Kama Sutra fale sobre coisas tais como um homem ser fiel à sua esposa já que há tantas partes do livro que falam sobre relacionamentos entre diferentes esposas de um mesmo homem ou relacionamentos com prostitutas ou mesmo sobre como trair. Mas o próprio autor explica que o livro fala sobre todos os tipos de coisas que acontecem no amor e relações sensuais e sobre o caminho da satisfação dos sentidos através do prazer sensual com o sexo oposto. Mas ele escreve claramente que isto não significa que estas coisas sejam certas. Ele fala sobre o que é certo mas também sobre o que é errado. Então, no fim de várias partes, ele explica a situação em detalhe, fala como a pessoa pode se satisfazer mesmo que se trate de algo que não seja bom, mas finializa dizendo que a pessoa não deve fazer aquilo. Similarmente, em outras partes, ele diz que o que está sendo explicado é bom, é aconselhável, etc.
“As esposas de um homem rico, onde há várias esposas, geralmente não são apegadas aos maridos e, não sendo confiáveis para ele e, embora possuam todos os desfrutes externos da vida, ainda recorrem a outros homens. Um homem que é de mentalidade baixa, que tenha caído de sua posição social e que é muito dado a viagens, não merece se casar; nem tampouco um que tenha várias esposas e filhos, ou um que é devotado a jogar e apostar e vem até sua esposa apenas quando quer.” Sim, nós encontramos mulheres que parecem sertão leais e obedientes aos seus esposos, embora eles não tenham esta conexão verdadeira sobre a qual falamos. Como isto é possível? Bem… é algo bem possível se essas mulheres estiverem interessadas apenas em alguma outra coisa, não no amor de seu marido, o que acontecerá se tais mulheres não sentirem elas mesmas nenhum amor por ele. Nós todos provavelmente já vimos ou ficamos sabendo de relacionamentos nos quais o homem é muito mais velho que a mulher e ele também é rico, poderoso, feio e velho, e a esposa é jovem, bela e cheia de desejo de sucesso e dinheiro. O homem exibe sua esposa como se ele fosse o tal, porque ele conseguiu uma mulher tão bonita. Talvez ele pense que a conseguiu por que é muito atrativo, muito inteligente ou não sei o que. Mas também vemos geralmente que estes relacionamentos não duram muito e logo a garota exibe o dinheiro que tirou dele e um namorado novo. Ás vezes a mesma relação baseada em diferentes tipos de interesse acontecem entre homens e mulheres que não são grandes personagens, mas têm muito menos a oferecer um ao outro. Talvez a mulher não seja uma jovem e bela modelo com um corpo perfeito, mas seja a penas uma mulher comum. E talvez o homem não seja muito rico e poderoso, mas seja apenas um homem comum porém, ainda assim, uma mulher pode aceitar o relacionamento porque el epode lhe dar algo como um status de mulher casada na sociedade, ou uma casa e necessidades básicas ou seja o que for. Uma coisa é certa: se não há aquela conexão verdadeira da qual estávamos falando, a relação é uma grande mentira, uma grande hipocrisia.
“De todos os amantes de uma garota, é seu verdadeiro marido apenas aquele que possui as qualidades que ela gosta e tal marido desfruta de verdadeira superioridade sobre ela, porque ele é o marido de amor.” Esta é a verdadeira superioridade: quando você tem o amor de alguém. Uma pessoa que ama geralmente pensa de si mesma como uma serva de seu amor. Como alguns homens são muito inseguros por saberem que não têm muitas qualidades como homens e maridos, eles precisam mandar através da força ou usando as tradições como desculpa. Pobres homens! Que outro meio eles poderiam usar para controlar suas esposas ou mesmo apenas para mantê-las? Sabendo que não são bons o suficiente para conseguir o amor verdadeiro de alguém, eles preferem apenas manter uma relação falsa e de um modo que faça com eles se sintam respeitados e obedecidos, de modo que não tenham que lidar com a realidade – que eles são fracassados que não conseguem despertar um sentimento verdadeiro no coração de uma mulher.

Monday, January 11, 2010

kama-sutra

Let’s take a look on what does Kama Sutra says about love and marriage.
“That should be known as a high connection when a man, after marrying a girl, has to serve her and her relations afterwards like a servant, and such a connection is censured by the good. On the other hand, that reproachable connection, where a man, together with his relations, lords it over his wife, is called a low connection by the wise. But when both the man and the woman afford mutual pleasure to each other, and when the relatives on both sides pay respect to one another, such is called a connection in the proper sense of the word. Therefore a man should contract neither a high connection by which he is obliged to bow down afterwards to his kinsmen, nor a low connection, which is universally reprehended by all.” I already wrote about this part of Kama Sutra few posts before. So, I’d just like to stress here once more the fact that what is considered a real relationship, a real conection, is when “both the man and the woman afford mutual pleasure to each other, and when the relatives on both sides pay respect to one another”. And also remind the reader that the kind of relationship where the husband rules over his wife is called a low conection, and “which is universally reprehended by all”, although unfortunately nowadays in India many uneducated people and so-called educated people still think that’s something good…
“A girl who is much sought after should marry the man that she likes, and whom she thinks would be obedient to her, and capable of giving her pleasure. But when from the desire of wealth a girl is married by her parents to a rich man without taking into consideration the character or looks of the bridegroom, or when given to a man who has several wives, she never becomes attached to the man, even though he be endowed with good qualities, obedient to her will, active, strong, and healthy, and anxious to please her in every way. A husband who is obedient but yet master of himself, though he be poor and not good looking, is better than one who is common to many women, even though he be handsome and attractive.” This is an interesting point. Of course women like men who are ready to do according to their will, but at the same time, it doesn’t mean that they want a kind of dog who doesn’t have their own wills and opinions. He should be the master of himself. It’s not expected that they should lose their personality and become like objects. Some people think women are always after money or beauty, but as it is confirmed here “A husband who is obedient but yet master of himself, though he be poor and not good looking, is better than one who is common to many women, even though he be handsome and attractive.” That is so because women can never develop a real conection with men who are also interested in other women. Nowadays hindu men don’t get married to more then one wife, but still many of them proudly show their attraction to other women, be it women on the strees or famous actresses, models, etc. For a woman who is sincere in her relationship with her husband, that’s not something easy to tolerate. A prove of that can be found in Atharva Veda, in a marriage hymn, where the bride says: “I envelop you with this robe, which was inherited from Manu, so that you may be mine alone, and never admire another one.” In this age that we live people are so degraded that many unacceptable things became common. And of them is men admiring women other then their own wife, as they were just sexual objects. So, some men may try to do or give everything for their wife and fail to understand why they are still not satisfied or don’t give them real love. They should check if they are loyal, then, what includes mentally loyal, since cheating is not necessarily a physical act.
Someone may find it strange that Kama Sutra is talking about such thing like a man being loyal to his wife, since there are so many part on the book that talk about relationships between the different wives of a same man or relationships with prostitutes or even how to cheat. But the author himself explains that the book talk about all kind of things that happen in love and sensual relationships and path of the satisfaction of the senses through sensual pleasure with the opposite sex. But he writes clearly that that doesn’t mean that those things are right. He talks about what is right but also about what is wrong. So, in the end of several parts, he explains the situation in detail, say how to satisfy oneself even if that is not something good, but finishes saying that a person should not do that. Similarly, in other part he says that what is being explained is good, is advisable, etc.
“The wives of rich men, where there are many wives, are not generally attached to their husbands, and are not confidential with them, and even though they possess all the external enjoyments of life, still have recourse to other men. A man who is of a low mind, who has fallen from his social position, and who is much given to travelling, does not deserve to be married; neither does one who has many wives and children, or one who is devoted to sport and gambling, and who comes to his wife only when he likes.” Yes, we find women who seem to be so loyal, kind and obedient to their husband, although they don’t have this real conection that we talked about. How is that possible? Well… it’s very much possible if these women are interested only in something else, not in the love of the husband, what will happen if the women themselves have no love for him. We all probably already saw or came to know about relationships where the man is much older then the woman, and he is rich, powerful, old and ugly and the wife is young, beautiful and full of desire for success and money. The man will show off his wife as if if he was “the guy”, cause he got such a beautiful girl. Maybe he thinks he got her because he’s very attractive, very intelligent or I don’t know what. But we also usually see these relationships don’t last too long and soon the girl will show off the money she took from him and her new boyfriend. Sometimes the same relationship based on different kinds of interest happen between men and women who are not big figures, but have much less to offer to each other. Maybe the woman is not a beautiful young model with a perfect body, but just an ordinary lady, and maybe the man is not a very rich and powerful one, but just an ordinary man, but still the woman might accept the relationship because he can give her something like a status of a married woman on the society, or a home and basic needs or whatever. One thing is certain, if there is not that real conection we were talking about, the relationship is a big lie, a big hypocrisy.
“Of all the lovers of a girl he only is her true husband who possesses the qualities that are liked by her, and such a husband only enjoys real superiority over her, because he is the husband of love.” That is a real superiority: when you have someone’s affection. A person who is love very often think of her/himself as servent of her/his love. As some men are very insecure since they know they don’t have too many qualities as men and as husbands, they need to rule through force or using traditions as excuse. Poor guys! Which other way could they use to control their wives or even just to keep them? Knowing they are not good enough to get someone’s real love, they prefer just to keep a fake relationship and in such a way that they feel they are respected and obeyed, so that they don’t need to deal with the reality that they are a failure who can’t evoke real feeling in a woman’s heart.